É claro que dói muito perder um amor. Mas penso assim: dói muito mais ficar com o amor entalado na garganta e atordoando o coração. É por isso que eu falo, coloco pra fora. Se não der certo pelo menos não vou me arrepender e nem me engasgar com os pedaços do que restou.
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E aquela vontade insana de jogar meia dúzia de coisas em uma mochila, passar filtro solar, colocar uma roupa confortável e sair sem rumo? Deixar pra trás o que não presta, principalmente as preocupações que nos invadem diariamente.
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Tem dias que eu queria voltar a ser criança. Sinto que antes era tudo tão mais fácil. Eu era tão mais livre. Não tinha medo de ser apontada ou cobrada. Hoje em dia é tudo na base do tem que ter, fazer, ser. É cansativo não poder ser exatamente quem somos. Acabamos virando prisioneiros de uma sociedade que dita regras o tempo inteiro.
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Eu ainda tenho aquela crença de que tudo se ajeita. Posso ser ingênua, mas prefiro acreditar que as coisas funcionam, que tudo tem um jeito, que as melancias se acomodam. Uma dose de otimismo sempre cai bem. O problema é que me embriago no meio dos pensamentos positivos e de vez em quando acabo me estrepando bonito.
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Acho que no fundo somos sempre sós. Pode ser que você encontre um amor, um punhado de amigos, o conforto familiar. Mas ninguém te livra dos pesos da vida. A gente nasce e morre sozinho. E tudo bem, tudo bem, não tem drama nenhum nisso. É claro que é bom ter gente pra rir e chorar, mas entenda: no fundo é sempre você. E você.
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Continuo achando que o amor é o sentimento mais transformador que existe. Ele não faz só bem pra pele, não. Faz bem para cada pedacinho do nosso corpo. Dá pra ver direitinho quando alguém é deficiente dessa emoção tão bonita.
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Nem sempre acho as palavras certas. Parece tão simples, mas não é.
E agora fico aqui fazendo versos para ninguém.
Clarissa Correia
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