(...) Comecei a pensar no poder indecifrável das palavras e gestos do homem JESUS para convencer jovens judeus, na flor da idade, malucos por aventuras, com famílias nucleares organizadas e negócios estabelecidos, a abandonar TUDO para segui-lo. Que loucura! Seguiram no escuro um homem sem poder político notório e sem identidade visível. Deixaram barcos, amigos. casas e O seguiram sem direção. Ele não lhes deu dinheiro, não lhes deu conforto, não lhes prometeu nem mesmo um reino terreno. Que experiência arriscada! Que conflito! Que vexames! Que pertubações viveram!
Perderam tudo, por fim perderam o homem que os ensinou a amar crucificado numa trave de madeira. Morreu sem heroísmo, morreu em silêncio, encerrou seu folego amando, faleceu perdoando. Após sua morte, o grupo poderia ter se dissipado, mas uma força incompreensível os invadiu. Tornaram-se mais fortes depois do caos. Difundiram para o mundo a mensagem que tinham ouvido.
Deram as lágrimas, a saúde, seu tempo, enfim, tudo o que tinham para a humanidade. Amaram desconhecidos e se entregaram por eles(...)
Séculos se passaram, e tudo se tornou comun. As igrejas se tornaram uma fonte excelente de conformismo. Na atualidade, centenas de milhões de pessoas comemoram confortavelmente em seus templos o Natal, a Paixão e outras datas, sem nunca terem imaginado o que é dormir ao relento, o que é receber a pecha de louco, qual o sabor de ter sua imagem social estilhaçada. Perderam a sensibilidade, não entenderam o estresse dramático que esses jovens viveram ao seguir o enigmático MESTRE DOS MESTRES.
(...) Que coragem para CHAMAR e que coragem PRA SEGUIR O CHAMADO!
(Trecho de "O vendedor de Sonhos" - Augusto Cury)
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